Ellen Soares/Ellen Soares/Divulgação
A celebração do Dia do Cinema Brasileiro nesta quarta-feira (19) foi marcada por dados preocupantes divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Fenec). No segundo trimestre, os filmes nacionais representaram apenas 5% dos ingressos vendidos, uma queda brusca em relação aos primeiros três meses do ano, quando alcançaram 25% das bilheterias. Este valor foi impulsionado pelo sucesso de “Minha Irmã e Eu”, que se tornou a primeira produção brasileira a atrair mais de 1 milhão de espectadores nos cinemas. A baixa participação dos filmes brasileiros é motivo de preocupação, especialmente com a lei da cota de tela, sancionada pelo presidente Lula em janeiro, ainda não em vigor. Esta lei determina que a exibição das obras seja feita de forma proporcional ao longo do ano, com fiscalização pela Ancine (Agência Nacional do Cinema). Sem essa cota, a maioria dos filmes nacionais, mesmo os mais comerciais, são relegados a horários anteriores às 16h, quando as salas de cinema estão mais vazias.