Na terça-feira, 19 de junho, Vladimir Putin e Kim Jong-Un assinaram um acordo de assistência mútua, reavivando uma aliança estratégica entre Rússia e Coreia do Norte. Essa parceria histórica coloca ainda mais pressão sobre as ações da Otan na Ucrânia, que tem sido alvo da invasão russa desde 2022.
A visita de Putin à Coreia do Norte marca o primeiro encontro entre os líderes em quase 25 anos. A aliança foi selada como resposta à visita anterior de Kim Jong-Un ao território russo. O objetivo é contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos e Europa a ambos os países.
Enquanto a Rússia fornece combustível a Pyongyang, que enfrenta restrições no recebimento de petróleo bruto, a Coreia do Norte envia armamentos para apoiar a máquina de guerra russa no front ucraniano.
Durante a reunião, Kim Jong-Un chamou Putin de “verdadeiro amigo”, e o autocrata russo agradeceu o apoio consistente de Pyongyang na política externa russa, incluindo a questão ucraniana.
O destaque do acordo é o “Tratado Abrangente de Parceria Estratégica”, que ecoa o espírito da Otan. A Rússia garante que qualquer ataque a seu território por nações europeias será repelido não apenas com suas próprias armas e soldados, mas também com o arsenal nuclear intercontinental, capaz de atingir a costa oeste dos Estados Unidos.
Apesar de sua pequena extensão territorial em comparação com a Rússia, a Coreia do Norte agora pode contar com um dos maiores arsenais militares do mundo, incluindo bombas nucleares e uma frota de submarinos.