Foto: Reprodução/Aloisio Mauricio / Fotoarena.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou no sábado, durante visita a Campos do Jordão, no interior de São Paulo, que o governo deve buscar o corte de gastos “no curto prazo”.
Questionado sobre a revisão de gastos da gestão petista, Alckmin afirmou:
“Olha, não tem nenhuma definição ainda de data, mas o fato é que nós devemos procurar ter cortes no curto prazo – medidas que têm resultado mais rápido -, no médio e no longo prazo, porque você precifica. Mesmo que eu tenha uma medida que vai se estender por vários anos, mas você traz o valor presente.”
Como temos mostrado, a percepção de deterioração da situação fiscal brasileira piorou aceleradamente desde a semana passada. O dólar disparou mais de 3% e o Ibovespa afundou 2,41%.
Alckmin apontou ainda “caminhos” para o controle das contas públicas.
“De um lado, precisamos melhorar a arrecadação, combatendo a sonegação. Esse é o caminho. O outro é reduzir gastos. E, ao expandir, fazer a revisão de despesas, analisar a eficiência de cada investimento, fazer mais com menos dinheiro.”
Na última quinta-feira, diante da percepção de deterioração da situação fiscal do país, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defenderam uma agenda de revisão nos gastos do governo.
O estresse no setor econômico foi inaugurado com a publicação da MP (Medida Provisória) 1.227, que previa a limitação da utilização de créditos de PIS e Cofins para compensar a desoneração da folha de pagamentos.
A proposta foi muito mal recebida pelo setor produtivo e terminou por ser devolvida pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, ao Executivo sem apreciação. O desconforto com a medida ficou claro com manifestações de entidades representativas de setores econômicos e de dezenas de frentes parlamentares.
Créditos: O Antagonista.