A recente operação “Fundo do Poço” conduzida pela Polícia Federal expôs um esquema de favorecimento envolvendo Jheniffer Hannah Lima de Macedo, filha do presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, que também presidiu o Pros. Segundo informações do Metrópoles, Jheniffer foi agraciada com posições privilegiadas, bolsas de estudo e viagens internacionais financiadas por recursos partidários e da fundação do partido, a FOS. Estas revelações são parte de um inquérito da PF.
Eurípedes Júnior é o foco principal da operação que busca desarticular uma organização criminosa acusada de desviar fundos partidários durante as eleições de 2022. As investigações indicam que o grupo manipulava recursos através de gastos não associados às funções partidárias.
Jheniffer, ex-vice-presidente do Pros e atual secretária-executiva do Solidariedade, também se beneficiou de uma bolsa no IDP e realizou várias viagens nacionais e internacionais. Em fevereiro, viajou para Miami com seu pai. Documentos apontam que ela ostenta um padrão de vida elevado nas redes sociais, incluindo a aquisição de um carro elétrico em 2022, período em que as contas do Pros foram drenadas pela organização criminosa.
O Metrópoles tentou falar com Jheniffer Hannah Lima de Macedo sem sucesso. A reportagem permanece aberta para declarações.
Empresas Fantasma e Figura de Laranja
A PF também identificou Jheniffer em diversas transações suspeitas relacionadas à lavagem de dinheiro, principalmente em compras imobiliárias à vista.
Jheniffer e Eurípedes estão ligados a empresas fantasmas como a GFAX Assessoria Consultoria e Gestão Ltda e Hotel Planaltina Ltda, usadas no esquema de lavagem.
Em 2019, Jhennifer adquiriu um imóvel em Planaltina (GO), posteriormente transferido para a GFAX. Atualmente, o local abriga as empresas Oficina Planalto e Auto Socorro Planalto, geridas por um irmão de Eurípedes, também sob investigação da PF.
A PF concluiu que Jhennifer atua como laranja para seu pai.
A corporação solicitou medidas judiciais contra Jheniffer Hannah que incluem prisão preventiva, busca e apreensão, bloqueio de bens até R$ 36 milhões, bloqueio de criptoativos, apreensão de imóveis e veículos caros, além do acesso a dados telefônicos e aparelhos celulares apreendidos.