O chefe de estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou seu compromisso com a revisão dos gastos governamentais, em meio a dúvidas sobre as políticas fiscais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula assegurou que, sob sua presidência, Haddad permanecerá fortalecido em sua posição, apesar das críticas direcionadas ao ministro e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Conforme informações do Estadão, o presidente Lula enfatizou a segurança no cargo de Haddad após o retorno parcial da Medida Provisória do PIS/Cofins, reiterando que “enquanto eu for presidente da República, Haddad jamais ficará enfraquecido”. Lula também mencionou uma futura discussão econômica com Haddad para avaliar propostas de compensação.
Lula solicitou ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a organização de uma reunião orçamentária para debater o orçamento e os gastos governamentais. Ele destacou a importância de eliminar despesas desnecessárias, mas garantiu que ajustes não prejudicarão os cidadãos mais vulneráveis.
O presidente também abordou as críticas ao déficit fiscal e aos gastos governamentais, atribuindo a responsabilidade pela desoneração fiscal a grupos empresariais que não apresentaram propostas de compensação. “Agora é problema deles”, disse Lula sobre os empresários.
Além disso, Lula reafirmou seu objetivo de posicionar a economia brasileira como a sexta maior do mundo até o final de seu mandato.
Na mesma coletiva, Lula criticou a taxa Selic e insinuou que aqueles que celebraram Campos Neto em São Paulo se beneficiam das altas taxas de juros. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, realizou um jantar em homenagem a Campos Neto, que contou com a presença de figuras proeminentes do setor financeiro e político.
Por fim, Lula comentou sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, afirmando que o bloco sul-americano está pronto para assinar o tratado. Ele mencionou conversas com Ursula von der Leyen e Emmanuel Macron e expressou otimismo sobre os benefícios do acordo para ambas as regiões.