Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tomou uma decisão inusitada após um julgamento no “tribunal do crime”. O réu, um dependente químico de 25 anos, havia sido condenado por furto na região da Cracolândia, área dominada pela facção no centro da capital paulista.
O crime, considerado leve pela legislação penal brasileira, é severamente punido pelo PCC devido à sua localização estratégica, que representa risco à renda proveniente do tráfico de drogas.
O usuário, que havia recaído no uso de crack após sair de uma clínica de reabilitação na Grande São Paulo, foi surpreendido com a “pena alternativa” de internação compulsória proposta por uma advogada ligada ao PCC. Em vez de ser executado, ele foi encaminhado de volta à clínica de reabilitação de onde havia saído.
O julgamento ocorreu em um estacionamento próximo a um “hotel do PCC”, conhecido pelos usuários de drogas na Alameda Barão de Piracicaba.
Apesar de ter sido julgado “à revelia”, o usuário foi encontrado e entregue a funcionários da clínica, que o conduziram de volta ao mesmo estacionamento onde o “julgamento” havia ocorrido. Uma testemunha, ao avistar o rapaz com as mãos amarradas, acionou a Polícia Militar.