Em entrevista ao jornal O Globo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, indicou que a Previdência dos militares será discutida como parte das medidas para conter despesas. Ela afirmou: “Eu tenho coragem para colocar tudo”, referindo-se ao alerta do Tribunal de Contas da União sobre o tema.
Tebet destacou a coragem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em enfrentar o “poderio econômico” e reforçou a possibilidade de cortar privilégios. Embora não garanta avanços nos supersalários, ela defende a inclusão gradual dos militares na legislação previdenciária.
Para atingir a meta de déficit zero até 2025, a revisão de gastos será intensificada, culminando em um “cardápio de possibilidades” a ser apresentado até o final de junho.
A ministra ressaltou que todas as alternativas estão em discussão, exceto mudanças na política de valorização do salário mínimo e a desvinculação da aposentadoria desse valor.
“Eu tenho N possibilidade, eu tenho uma avenida”, declarou Tebet. No entanto, ela ponderou que a vontade política, tanto do presidente quanto do Congresso Nacional, pode estreitar essa “avenida”.
Quanto ao ajuste fiscal, Tebet observou que o mercado e o Congresso indicam que não há mais espaço para aumentar a receita. A criação de impostos, porém, permanece uma questão em aberto.