O Mar do Sul da China é uma das áreas mais estratégicas do mundo, mas por que os porta-aviões dos Estados Unidos não navegam por lá? Entenda os motivos por trás dessa decisão estratégica e veja as complexidades geopolíticas e militares envolvidas abaixo:
O principal motivo é evitar aumentar as tensões com a China. Um porta-aviões não é apenas um navio; é uma base militar flutuante que simboliza grande poder. Se os EUA posicionassem regularmente esses gigantes no Mar do Sul da China, como a China reagiria? Provavelmente, seria visto como um ato provocativo, levando a confrontos militares ou crises diplomáticas graves.
Enviar um porta-aviões poderia ser interpretado como uma ameaça direta à segurança nacional chinesa, resultando em medidas agressivas. Além das considerações militares, há fatores diplomáticos e econômicos. A presença de um porta-aviões dos Estados Unidos poderia ser vista como uma escalada, prejudicando esforços diplomáticos e relações comerciais com a China e outros países da região.
Os porta-aviões são ativos valiosos e versáteis, necessários em vários pontos críticos globais. Concentrar muitos recursos no Mar do Sul da China poderia deixar outras regiões vulneráveis. A Marinha dos EUA precisa manter uma postura militar flexível e estratégica, garantindo a segurança de rotas marítimas internacionais e respondendo rapidamente a ameaças globais.
Esses porta-aviões dos Estados Unidos exigem suporte extenso, incluindo navios de abastecimento, instalações de manutenção e portos seguros. A presença de bases militares chinesas e ilhas artificiais equipadas com mísseis avançados representa uma ameaça constante, tornando as operações arriscadas.
As disputas territoriais na região dificultam encontrar portos amigos e bases de suporte confiáveis. Muitos países da região hesitam em se envolver na rivalidade entre EUA e China, dificultando a criação de uma rede de suporte necessária para operações sustentadas.
Essas operações visam garantir que os oceanos permaneçam abertos e acessíveis a todas as nações, desafiando reivindicações marítimas excessivas. Os EUA realizam FONOPS regularmente, usando navios menores, como destróieres e cruzadores, que são mais manobráveis e menos provocativos do que porta-aviões.
A postura assertiva da China e a construção militar no Mar do Sul da China complicam as operações dos EUA. A China transformou recifes submersos em postos militares equipados com pistas de pouso, sistemas de radar e mísseis, aumentando as tensões e o risco de conflitos.
Porta-aviões dos Estados Unidos evitam o Mar do Sul da China para evitar escaladas, manter compromissos militares globais, superar desafios logísticos e contrapor a construção militar chinesa. A estratégia envolve um equilíbrio delicado entre evitar conflitos e manter uma presença militar crível. A situação continua a exigir engajamento diplomático apoiado por uma presença militar robusta.