Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) solicitou prorrogação de prazo para concluir os inquéritos das fake news e das milícias digitais. O ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirma que a extensão é necessária para “prosseguir com as investigações”. Não foram divulgados detalhes específicos sobre quais diligências estão pendentes.
A decisão sobre autorizar ou não a continuidade dos inquéritos agora cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações. O delegado Fábio Alvarez Shor, do setor de contrainteligência da PF, é o responsável pelas apurações e foi quem solicitou a prorrogação. O ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os investigados nas duas investigações.
O inquérito das fake news visa investigar ofensas, ameaças e ataques aos ministros do STF e a seus familiares, aberto em março de 2019 por ordem do ministro Dias Toffoli, então presidente do tribunal. Nessa investigação, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão de dois homens que ameaçaram sua família.
Já a investigação das milícias digitais teve início com o compartilhamento de material obtido no inquérito dos atos antidemocráticos, em outubro de 2022. Na ocasião, o caso precisou ser arquivado por determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas antes do arquivamento, Moraes autorizou o intercâmbio de provas e determinou o rastreamento de uma “organização criminosa”.
Em um relatório parcial da investigação, enviado ao STF em fevereiro de 2022, a PF afirmou que os elementos colhidos até então corroboravam a hipótese de uma “atuação orquestrada” para disseminar desinformação e promover ataques contra adversários e instituições, visando “obter vantagens para o próprio grupo ideológico e auferir lucros diretos ou indiretos por diversos meios”.