O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou hoje que os líderes sindicais da área de educação superior devem avaliar o cenário atual e perceber que “não há muita razão” para a prolongada greve nas universidades federais e institutos federais.
“Eu acho que nesse caso da educação, se vocês analisarem o conjunto da obra, vão perceber que não há muita razão para essa greve estar durando o que está durando. Porque quem está perdendo não é o Lula, não é o reitor. Quem está perdendo é o Brasil e os estudantes brasileiros”, afirmou o presidente.
Lula também enfatizou que os líderes sindicais precisam ter coragem para encerrar as greves, mesmo que isso vá contra seus discursos anteriores. A greve nas universidades federais teve início em 15 de abril.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, Lula anunciou investimentos de R$ 5,5 bilhões nas universidades e hospitais universitários, em meio à pressão causada pelas greves.
Ao final de seu discurso, o presidente abordou a questão das greves e destacou que os líderes sindicais devem tomar decisões firmes, evitando posições extremas.
“Essa questão da greve. A greve tem um tempo para começar e um tempo para terminar. A única coisa que não se pode permitir é que uma greve termine por inanição. A única coisa que não pode acontecer […] porque, se ela terminar, as pessoas ficam desmoralizadas”, concluiu Lula.
Ele ainda ressaltou que não é viável manter uma greve por “3%, 2% ou 4%” indefinidamente.