Foto: Reprodução/REUTERS – ADRIANO MACHADO.
Uma matéria publicada na coluna NOTAS & INFORMAÇÕES do Estadão na manhã deste domingo, intitulada “A picuinha de Lula com Israel”, teceu inúmeras críticas à postura que Lula e seu governo tem adotado diante do cenário mundial e das guerras entre Israel e Palestina.
A matéria destaca que, no auge de um dos maiores conflitos recentes no Oriente Médio, o Brasil permanece sem um embaixador efetivo em Israel há quase quatro meses, e não há previsão de mudança segundo o governo. Em fevereiro, o embaixador Frederico Meyer foi chamado de volta ao Brasil e posteriormente transferido para a Suíça, deixando o posto em Israel sem substituto. Este é considerado o momento mais crítico nas relações entre os dois países em mais de sete décadas. A situação é tão surpreendente que a palavra “crise” parece inadequada. Não existe um conflito de interesses entre as nações, mas sim uma tensão específica entre Lula da Silva e Israel.
Lula teria provocado indignação ao comparar as ações de Israel em Gaza com o Holocausto. Como resposta, Israel convocou Meyer ao Museu do Holocausto e declarou Lula persona non grata até que ele se desculpasse. A propaganda do governo Lula, de forma passivo-agressiva, enfatizou que a reprimenda foi dada em hebraico, idioma desconhecido por Meyer.
O governo Lula interpreta essa situação como uma “humilhação” ao embaixador e uma “ofensa” ao Brasil, utilizando-a como justificativa para tensionar ainda mais as relações com Israel. Contudo, não é obrigatório que as autoridades de um país se comuniquem em outro idioma além do seu próprio. Um embaixador, por sua vez, deveria ter algum conhecimento da língua local ou, pelo menos, contar com um intérprete.
De acordo com uma pesquisa da Big Data, 80% dos brasileiros acreditam que foi Lula quem ofendeu Israel, e não o contrário. Mesmo que a resposta de Israel possa ter sido inadequada, a reação subsequente do Brasil foi excessiva. Uma simples nota de censura teria sido suficiente. Convocar o embaixador é um passo extremo, quase um prelúdio para o rompimento diplomático. Enquanto o embaixador de Israel continua suas atividades no Brasil, o governo Lula, ao não preencher a vaga, demonstra uma nova hostilidade.
Israel é reconhecida como a democracia mais estável do Oriente Médio e mantém uma relação histórica com o Brasil, que remonta a 1947, quando o Brasil liderou a votação na ONU que resultou na criação do Estado de Israel e também do Estado da Palestina.
Em momentos de crise, como o desastre de Brumadinho e a pandemia, Israel ofereceu ajuda humanitária ao Brasil. O comércio bilateral estava em ascensão, alcançando US$ 4 bilhões em 2022, mas houve uma queda em 2023. No mesmo ano, Brasil e Israel firmaram um acordo de cooperação em segurança cibernética, área na qual Israel é líder global, mas Lula não o promulgou. Além disso, uma licitação do Exército Brasileiro ganha por uma empresa israelense foi suspensa sem explicações claras.
Recentemente, Israel recuperou o corpo de um cidadão brasileiro sequestrado e assassinado por terroristas, os quais Lula se recusa a reconhecer como tais. Os 15 mil brasileiros residentes em Israel estão desamparados pelo governo brasileiro, que também comprometeu a possibilidade do Brasil mediar a paz entre Israel e Palestina.
A matéria afirma que estes são apenas alguns dos prejuízos que o Brasil sofre devido à subordinação de sua política externa às ideologias antiocidentais de Lula e à captura do Itamaraty por seu ego. “Isso sim humilha os brasileiros”, finaliza.