Em um evento histórico desde o término do Apartheid, o partido de Nelson Mandela enfrentou seu pior desempenho eleitoral na África do Sul. Segundo informações do site O Antagonista, o Congresso Nacional Africano (ANC) não conseguiu manter a maioria absoluta nas eleições gerais, obtendo apenas 40,1% dos votos, conforme dados oficiais divulgados no domingo, 2 de junho.
O resultado, abaixo do limiar de 50% necessário para garantir a maioria, deixa o partido com 14 dias para formar uma coalizão e manter o atual presidente Cyril Ramaphosa no poder. O ANC conquistou 159 das 400 cadeiras na Assembleia Nacional da África do Sul, uma queda significativa em comparação com a última eleição, quando o partido obteve 230 assentos.
Por outro lado, a Aliança Democrática (DA), o principal partido de oposição liderado por John Steeinhuisen, conquistou 21,7% dos votos. O uMkhonto we Sizwe (MK), um novo partido liderado pelo ex-presidente Jacob Zuma, obteve 14,6% dos votos, enquanto o Combatentes da Liberdade Econômica (CLE) alcançou 9,5%.
Fikile Mbalula, secretário-geral do partido de Mandela, afirmou que a permanência de Cyril Ramaphosa no cargo não será negociada para formar uma maioria. “Se exigirem que Ramaphosa renuncie à presidência do ANC, isso não vai acontecer”, disse ele. “Nenhum partido político vai ditar os termos”, acrescentou.