Na madrugada de domingo, 2, a China marcou um grande avanço na exploração lunar com o bem-sucedido pouso do módulo lunar Chang’e-6 no lado oculto da Lua. O local escolhido para a aterrissagem foi a Bacia do Polo Sul-Aitken, onde a coleta de amostras da superfície lunar já começou.
Segundo informações da Revista Oeste, este é o projeto lunar robótico mais ambicioso da China até o momento. A missão, que teve início em 3 de maio, tem duração prevista de 53 dias e tem como objetivo principal trazer pela primeira vez amostras do lado oculto da Lua.
A China já havia alcançado um feito semelhante em 2019 com a sonda Chang’e-4. Os planos futuros do país incluem enviar astronautas à Lua até 2030 e estabelecer uma base de pesquisa no polo sul do satélite natural da Terra, onde se acredita existir água congelada.
A sonda Chang’e-6, que pousou na cratera Apollo, na Bacia Aitken do Polo Sul da Lua, planeja coletar até 2 kg de poeira lunar e rochas, utilizando uma broca e um braço mecânico. A sonda passará dois dias no lado oculto da Lua e dedicará 14 horas à coleta de amostras. As amostras coletadas serão armazenadas no veículo de subida, que retornará à órbita lunar para transferi-las a uma cápsula de reentrada.
A missão ocorre em um momento de crescente interesse global pela exploração lunar, com países como os Estados Unidos e a Índia também expandindo seus programas espaciais. Em janeiro, o Japão conseguiu pousar uma espaçonave na Lua e a missão IM-1 dos EUA, financiada pela NASA, também pousou recentemente. A China planeja lançar mais duas missões da série Chang’e antes de 2030.
A missão Chang’e-6, de complexidade técnica, enfrenta o desafio da falta de comunicação direta com o lado oculto da Lua, dependendo do satélite Queqiao-2, lançado em março, para a comunicação.
As amostras coletadas podem fornecer informações valiosas sobre a origem e a evolução da Lua, da Terra e do sistema solar, contribuindo significativamente para as ambições lunares da China.