No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado ontem (31/05), a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou o alerta sobre os perigos do cigarro. Dentre as várias consequências do tabagismo, uma das mais graves é o câncer de bexiga.
Segundo informações do Terra, o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga, sendo responsável por aproximadamente 50% dos casos. O uro-oncologista André Berger afirma que fumantes têm de 2 a 4 vezes mais probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer do que não fumantes.
O especialista ressalta que o câncer de bexiga é um dos mais comuns, sendo o segundo tumor mais frequente do trato urinário. No entanto, muitas pessoas não estão cientes da forte ligação entre o tabagismo e essa doença.
Berger explica que as substâncias tóxicas do cigarro, ao serem eliminadas pela urina, entram em contato direto com a bexiga. Isso danifica seu revestimento interno e aumenta significativamente o risco de malignização.
Os principais sintomas do câncer de bexiga, de acordo com o Dr. Berger, incluem:
- Sangue na urina;
- Dor ou ardência ao urinar;
- Necessidade frequente de urinar;
- Dor na região pélvica.
Ao perceber qualquer um desses sinais, é essencial procurar imediatamente um urologista para uma avaliação. O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura e melhorar o prognóstico, enfatiza o médico.
Para prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de bexiga, é fundamental evitar o tabagismo, manter uma boa hidratação, praticar atividades físicas regularmente e ter uma alimentação equilibrada, orienta André.
O uro-oncologista conclui que é essencial realizar consultas periódicas com um urologista, especialmente para pessoas com histórico familiar da doença ou exposição a outros fatores de risco, como a exposição ocupacional a certas substâncias químicas.