Queda foi maior do que o esperado pelo mercado; índice acumula alta de 4,63% no ano e de 7,96% em 12 meses
O Brasil registrou deflação –queda no índice de preços– de 0,37% em setembro, disse o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra do relatório (331 KB).
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) é considerado a prévia da inflação. Caiu pelo 2º mês consecutivo.
A queda de 0,37% em setembro foi superior às estimativas do mercado, que indicavam um recuo próximo de 0,20%.
De acordo com o IBGE, a taxa foi de 4,63% no acumulado do ano e de 7,96% em 12 meses. A inflação oficial do país deve fechar 2022 fora da meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3% a 5%. O mercado financeiro estima que o índice deste ano terá uma alta de 5,88%.
O IBGE mostrou que 3 dos 9 grupos pesquisados tiveram queda em setembro. A maior influência foi dos transportes (-2,35%), puxados pelo recuo nos combustíveis (-9,47%). O preço do etanol diminuiu 10,10%, enquanto da gasolina caiu 9,78%.
Comunicações (-2,74%) também contribuíram para a deflação de setembro. Os planos de telefonia fixa (-6,58%), móvel (-1,36%), os pacotes de acesso à internet (-10,57%) e os combos de telefonia, internet e televisão por assinatura (-2,72%) ajudaram na queda do índice de preços no mês.
O 3º grupo responsável para derrubar o IPCA-15 foi o de alimentação e bebidas, com recuo de 0,47%. A alimentação nos domicílios caiu 0,86%, influenciada pelo óleo de soja (-6,5%), tomate (-8,04%) e o leite longa vida (-12,01%).