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Na madrugada de quarta-feira (22), policiais militares de São Paulo mataram dois homens na zona sul da capital, considerados pela polícia como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em uma suposta troca de tiros. Um dos mortos, Márcio Silva de Oliveira, conhecido como Fatioli, é apontado pelas autoridades como um dos principais chefes do grupo em liberdade.
Segundo informações do governo paulista, Oliveira teria uma função no PCC conhecida como “resumo”, responsável pelo compartilhamento de informações da cúpula com o restante do grupo¹. Horas após as mortes, integrantes da escola de samba Vai-Vai postaram homenagens nas redes sociais à dupla morta. No entanto, a escola negou que Márcio fosse diretor da agremiação e esclareceu que ambos os rapazes mortos eram frequentadores do Vai-Vai, apenas frequentando ensaios¹.
A Vai-Vai, uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo e detentora de 15 títulos do Carnaval, já havia sido apontada em uma investigação da Polícia Civil como um reduto da facção criminosa PCC. Documentos relacionados a um processo de lavagem de dinheiro indicavam essa ligação, mas a escola e o então diretor financeiro e conselheiro, Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros (conhecido como Beto da Bela Vista), sempre negaram qualquer envolvimento com a facção¹.
Além de Márcio Silva de Oliveira, outro homem morto no confronto foi Lucas Rodrigues Gomes Chaves, também apontado pelo governo como integrante da facção criminosa. Ambos teriam atirado contra os policiais na avenida do Estado, no Ipiranga. A polícia encontrou no interior do carro utilizado pela dupla um fuzil, um colete balístico, uma mochila, além do revólver e da pistola usados por eles. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito no DHPP.