Após ser absolvido por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022, o senador Sérgio Moro (União-PR) convocou uma coletiva de imprensa no Senado Federal para comentar o resultado.
“Foi um período difícil pra mim, uma pressão grande, mas nós seguimos até aqui e tivemos a vitória na forma da lei e da justiça”, afirmou o senador, agradecendo à família e à sua equipe em seguida.
O senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, fala em coletiva de imprensa sobre o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o absolveu e votou contra a cassação dele. pic.twitter.com/91EainDkEh
— UOL Notícias (@UOLNoticias) May 22, 2024
Moro também elogiou o caráter técnico do julgamento, destacando a decisão do TSE e do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Denunciado pelo PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moro enfatizou que a decisão encerra a disputa eleitoral e pediu o fim do “espírito de revanchismo”.
“O melhor é nós deixarmos de lado esse espírito de revanchismo, e essa polarização exacerbada, que muitas vezes embota o nosso raciocínio e impede que nós busquemos convergências naqueles pontos comuns”, disse.
No julgamento, o ministro relator do caso, Floriano de Azevedo Marques, rejeitou as acusações de uso indevido dos meios de comunicação ou corrupção eleitoral, alegando falta de provas.
Floriano, no entanto, considerou “censuráveis” os gastos realizados na pré-campanha, como a contratação do escritório de advocacia de um dos suplentes de Moro, no valor de R$ 1 milhão por três meses. “Para caracterizar conduta fraudulenta ou desvio de finalidade, ato a atrair cassação, é preciso mais do que estranhamento, indícios, suspeitas de que houve corrupção. É preciso haver prova, e prova robusta”, argumentou.