O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), propôs nesta segunda-feira (20/5) o adiamento das eleições municipais no estado. Originalmente programado para outubro deste ano, o pleito poderia ser afetado pela mudança de gestão em meio ao processo de reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes ocorridas desde o fim de abril.
Leite destacou que junho já representa um período pré-eleitoral, seguido pelas convenções em julho.
“Junho já é um momento pré-eleitoral e, em julho, se estabelecem as convenções. [O adiamento] É um debate pertinente. O Estado estará em reconstrução, ainda em momentos incipientes, em que trocas de governos municipais podem atrapalhar esse processo. O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação”, afirmou Leite em entrevista ao jornal O Globo.
A extensão dos danos causados pelas enchentes significa que a vida da população levará alguns meses para voltar ao normal. Cidades inteiras foram devastadas e precisarão ser reconstruídas em novos locais.
Antes das enchentes, o governador não havia decidido seu apoio à Prefeitura de Porto Alegre. No entanto, diante da situação de calamidade, ele afirmou que essa decisão agora está em segundo plano. Maria do Rosário (PT) é a candidata da oposição e já recebeu apoio de outras legendas, como o PSol, na tentativa de resgatar o protagonismo do campo progressista na cidade.
Em relação à política municipal de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), atual prefeito em busca da reeleição, enfrenta uma situação incerta após as enchentes. Embora fosse considerado favorito em pesquisas anteriores, sua posição pode ter sido prejudicada pela tragédia.