O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a escolha de Paulo Pimenta, ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), para o cargo de ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, prevendo um “conflito” entre o governo estadual, liderado por Eduardo Leite (PSDB), e o novo órgão. Em entrevista ao programa “Os Três Poderes” da Veja, publicada na sexta-feira (17.mai.2024), Neves declarou que a nomeação politiza a situação no Estado e representa uma “intervenção do governo federal no Rio Grande do Sul”, de acordo com informações do Poder 360.
“Tudo o que nós não precisávamos nesse momento é um gesto que, na prática, politiza algo que deveria estar sendo construído com generosidade, harmonia e desprendimento”, afirmou Aécio Neves. Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que este “abdicou do papel de estadista” ao nomear Pimenta, prejudicando o “processo de salvar vidas e de reconstrução do Estado”.
A Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que tem status de ministério, foi criada para coordenar ações da administração pública federal, em conjunto com a Casa Civil, e planejar medidas com os ministérios, articulando ações entre os governos federal, estadual e municipais. O órgão será extinto dois meses após o término do decreto de calamidade pública no Estado, que vigora até 31 de dezembro, funcionando até fevereiro de 2025. Inicialmente, a previsão era de que Pimenta ficasse no cargo por até seis meses, durante os quais Laércio Portela lidera interinamente a Secom.