“Edmundo, presidente!” ecoou nesta quinta-feira (16) entre centenas de ativistas da oposição venezuelana durante o primeiro comício de campanha do candidato que enfrentará o presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.
Edmundo González Urrutia, diplomata de 74 anos, foi escolhido pela coligação Plataforma Democrática Unitária (PUD) como candidato unitário, após a inabilitação da favorita, María Corina Machado, e o veto à sua primeira opção de substituta, Corina Yoris. Com informações do UOL, a escolha de González Urrutia busca consolidar a unidade da oposição em um momento crucial para o país.
“Nosso compromisso é com a reconciliação dos venezuelanos”, afirmou González Urrutia no evento organizado pelo partido Encuentro Ciudadano (CE), que integra a aliança. “Promoveremos o diálogo e a compreensão e resolveremos as diferenças com respeito. Trabalharemos todos juntos por um país em paz e harmonia. A reconciliação é uma promessa, uma ação, um caminho que percorreremos juntos”, enfatizou. “A partir de agora e até o dia 28 temos que estar mais unidos e organizados” para “ultrapassar os obstáculos.”
Delsa Solórzano, presidente do CE, apresentou González Urrutia como “o próximo presidente da Venezuela”, enquanto María Corina Machado mobilizou os apoiadores com sua energia habitual. “Esse é o desejo que nos une, o compromisso que assumimos hoje”, declarou María Corina, que venceu as primárias da PUD em outubro passado. “E fiquem tranquilos, porque vamos vencer com o Edmundo e vamos poder iniciar esse maravilhoso processo de transição.”
“Vamos vencer, não vamos nos retirar, porque acreditamos e vamos juntos até o fim”, concluiu a opositora com sua frase característica. González Urrutia foi registrado “no último minuto”, durante uma curta prorrogação do prazo de candidaturas. A princípio, ele seria um candidato provisório, mas os partidos da PUD o ratificaram por unanimidade.
María Corina, no entanto, continua sendo a alma da campanha, percorrendo o país sozinha em comícios nos quais promove González. No próximo sábado, ambos participam do seu primeiro ato de massas, que acontecerá em La Victoria, cidade natal do diplomata, localizada a 95 km de Caracas.