Na véspera das eleições legislativas na Itália, a direita está confiante na vitória neste domingo (25), no que pode significar a primeira dirigente de um partido conservador a ocupar a chefia de governo do país, um dos fundadores da União Europeia. A campanha eleitoral se encerrou na noite desta sexta-feira (23), com todos os candidatos submetidos à lei do silêncio até o fechamento das urnas.
Giorgia Meloni, líder do partido Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), realizou o último comício de campanha em Nápoles, símbolo do sul da Itália empobrecido, dizendo ser “uma patriota”. “Tudo que ela diz, ela faz”, comentou à AFP Leone Carmelo, um cozinheiro de 71 anos.
As últimas pesquisas de intenções de voto, publicadas há duas semanas, apontam que ela deve conseguir entre 24 e 25% das cédulas, suficientes para vencer o Partido Democrata, com entre 22 e 22%, e o Movimento Cinco Estrelas, com 13 a 15%. Até a data limite para a publicação de pesquisas, havia de 20 a 25% de indecisos.
Quem é Giorgia Meloni
Líder do partido de direita Irmãos de Itália, a deputada Giorgia Meloni reverbera o nacionalismo e encanta eleitores.
Carismática, aos 45 anos, define-se como “donna, madre e cristiana” (mulher, mãe e cristã), defende o lema “Deus, pátria e família”. Afastou do partido integrantes radicais e busca resgatar o amor pelo país, comuma postura conciliadora. Meloni é contra ideologias de gênero, o aborto e a imigração e não hesita em apontar o mau caratismo da esquerda.
A líder do Irmãos da Itália também preside os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que reúne legendas direitistas no continente. Ela tem no primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, expoente da ultradireita, uma fonte de inspiração e um aliado na União Europeia.
Com informações do G1.