Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (15), absolver o Delegado da Cunha (PP-SP) da cassação de seu mandato, apesar de ter se tornado réu por agressão contra sua ex-mulher em outubro do ano passado.
Com uma votação de 13 a 5, os membros do colegiado acataram o parecer do relator Albuquerque (Republicanos-RR), que propôs uma advertência verbal para da Cunha e o arquivamento do processo iniciado pelo PSOL.
De acordo com um boletim de ocorrência registrado pela nutricionista Betina Raísa Grusiecki Marques, o Delegado da Cunha foi acusado de insultá-la após ingerir álcool em seu apartamento em Santos (SP) e de tê-la agredido, resultando em seu desmaio, durante uma discussão.
O deputado foi formalmente acusado pelo Ministério Público e tornou-se réu por lesão corporal, ameaça e dano qualificado.
O incidente ganhou destaque em uma reportagem do Fantástico em março, quando Betina divulgou um vídeo no qual o parlamentar a ameaçava de morte. Na ocasião, a defesa do deputado alegou que o vídeo não foi submetido a perícia e sugeriu que a suposta ameaça era resultado de um momento de raiva comum em discussões entre casais.