O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, permanecerá fechado até setembro devido aos alagamentos que danificaram sua estrutura. As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul mantêm a unidade debaixo d’água há mais de duas semanas, levando à suspensão do tráfego aéreo pela Fraport, a concessionária responsável pelo aeroporto.
A avaliação preliminar indica que as águas avançaram, comprometendo a pista de pouso, a parte elétrica, o sistema de radar e as luzes de balizamento essenciais para pousos e decolagens. Diante dessa situação, a Fraport está considerando adaptar a Base Aérea de Canoas, da Aeronáutica, para receber voos comerciais a partir da próxima semana.
Inicialmente, a Base Aérea de Canoas poderá receber até cinco voos comerciais por dia, mas essa capacidade pode ser reavaliada conforme a necessidade. Para isso, será necessário montar uma estrutura mínima para atender os passageiros e facilitar as operações das companhias aéreas. Uma opção em estudo é firmar um convênio com o ParkShopping Canoas para auxiliar na logística dos viajantes, permitindo check-in e alimentação.
Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu temporariamente as companhias aéreas de vender bilhetes com partida ou destino ao Aeroporto Salgado Filho. Essa medida visa proteger os consumidores e será reavaliada posteriormente. A Fraport solicitou uma interdição de 90 dias para as operações aéreas no terminal internacional, o que significa que o aeroporto permanecerá fechado pelo menos até setembro. A inundação causada pelas cheias no estado do Rio Grande do Sul levou ao fechamento do terminal em 3 de maio, e não há previsão de redução do nível da água.
A Anac também orientou as companhias aéreas a priorizarem o contato com passageiros que tenham trechos de retorno pendentes, seja para o Rio Grande do Sul ou de volta a outros estados. Casos urgentes devem ser tratados com prioridade.
Na semana passada, o governo federal anunciou uma malha emergencial para atender voos com destino e chegada ao Aeroporto de Porto Alegre. Além da Base Aérea de Canoas, que será adaptada para voos comerciais, outros aeroportos farão parte dessa malha emergencial, incluindo Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana no RS, Florianópolis e Jaguaruna em Santa Catarina. As companhias aéreas já operam nesses terminais.