São Paulo se destaca como o estado mais próspero do Brasil. Segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, São Paulo registrou um PIB de cerca de R$ 2,7 trilhões. Este estudo é realizado em colaboração com agências estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
No ranking dos cinco estados com os maiores PIBs do país, três estão na região sudeste e dois no sul. A Bahia é o estado do nordeste com o maior PIB, ocupando a sétima posição no ranking. A região Norte aparece apenas na 16ª posição, com o Amazonas.
Os cinco estados com os maiores PIBs em 2021 foram: São Paulo (R$ 2.719.751.231) Rio de Janeiro (R$ 949.300.770) Minas Gerais (R$ 857.593.214) Rio Grande do Sul (R$ 581.283.677) Paraná (R$ 549.973.062)
A economia pode ser dividida em setores industrial, agrícola e de serviços. Em geral, o setor de serviços predomina em todos os estados brasileiros. No entanto, São Paulo tem uma forte concentração industrial, segundo Cássio Besarria, professor de economia da UFPB e coordenador do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional, que pesquisa índices econômicos brasileiros.
Segundo informações da revista Valor Econômico, a liderança de São Paulo no ranking deve-se a:
Alta concentração de grandes empresas; Importantes atividades agrícolas; Grande número de consumidores com alta renda; “As principais empresas do país estão em São Paulo. Além disso, tem um setor agrícola intensivo em tecnologia, ou seja, ligado à mecanização e modernização, o que acabou tornando o estado também uma potência agrícola”, diz Besarria.
Ele explica que o estado também se destaca no setor de serviços e no comércio internacional e intra regional, exportando e importando muitos produtos de outros países e regiões do Brasil.
São Paulo também foi um dos estados no Brasil que mais recebeu imigrantes, o que ajudou, em uma certa medida, na criação das primeiras indústrias, fábricas e comércio, explica Paulo Roberto Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP.
Mas nem sempre o estado liderou a lista. Feldman explica que até os anos 60, o estado brasileiro com maior PIB era o Rio de Janeiro por ser a capital brasileira, reunir os funcionários públicos com rendas altas e ser um polo de turismo importante.
São Paulo x Brasília São Paulo tem a maior parcela das pessoas de alta renda do país em relação aos outros estados. Mas o estado disputa com o Distrito Federal o lugar de estado mais rico do Brasil. Isso porque, a depender do índice analisado, cada um lidera um panorama de riqueza dentro do país.
Levando em consideração o Imposto de Renda da população, o Distrito Federal é a unidade federativa com mais ricos do Brasil. Os dados são da pesquisa “Mapa da Riqueza”, que utiliza informações do Imposto de Renda da população, gerados pela Receita Federal.
Lugares do Brasil com mais renda no IRPF por habitante, de acordo com o “Mapa da Riqueza”: Brasília (R$ 3148) São Paulo (R$ 2063) Rio de Janeiro (R$ 1754); O Distrito Federal também é a unidade federativa com maior declaração de patrimônio por habitante, com R$ 95 mil. Na outra ponta está o Maranhão, com R$6,3 mil.
Levando em consideração os dados do IBGE, Brasília lidera em relação ao rendimento domiciliar per capita, enquanto São Paulo fica em segundo lugar, com renda de R$2.492 por pessoa. O Distrito Federal possui uma renda por pessoa de R$3.357. Isso se deve por um grupo de fatores, incluindo o grande volume de servidores públicos e altos salários dos funcionários públicos.
São Paulo também é o terceiro estado com a menor taxa de informalidade do país: 31,2%, enquanto o Distrito Federal está em segundo, com 30,4%. O Maranhão, o estado mais pobre, é o estado com maior taxa, com 57,8% da população na informalidade.
Feldman ressalta que São Paulo ainda poderia ser mais rico, se possuísse um plano de desenvolvimento. “Quando você planeja, você destina prioridades. O estado poderia ser ainda mais avançado em relação a isso com um plano de desenvolvimento, melhor nível educacional, estimular o empreendedorismo e entrar em novas tecnologias”, diz ele, enfatizando que ter um plano em cada estado aumentaria o PIB também das outras localidades.