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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o coach e influenciador Pablo Marçal, e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) estão sob investigação em um inquérito que apura a disseminação de notícias falsas sobre a tragédia climática que causou a morte de pelo menos 107 pessoas e deixou 136 desaparecidos no Rio Grande do Sul. A abertura da investigação foi ordenada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após um ofício enviado pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, listando os três como alvos.
O ofício destaca a existência de narrativas desinformativas e criminosas relacionadas às enchentes e desastres ambientais no estado do Rio Grande do Sul. Nele, Pimenta destaca a importância de investigar esses acontecimentos e seu impacto na crise social enfrentada pela população.
Eduardo Bolsonaro é acusado de compartilhar uma reportagem da Folha de S. Paulo com o título “Após 4 dias de chuvas, governo Lula autoriza envio da Força Nacional para o RS”, enquanto Pablo Marçal é citado por alegar que caminhões com doações para vítimas das enchentes estavam sendo retidos pela Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul para a cobrança de nota fiscal e ICMS. O senador Cleitinho Azevedo também é apontado por compartilhar conteúdo desinformativo em suas redes sociais, endossando as declarações de Marçal e acusando o governo gaúcho de barrar caminhões com doações.
O ofício de Pimenta foi contestado pelo partido Novo, que apresentou uma notícia-crime contra o ministro da Secom e o ministro da Justiça, alegando que os conteúdos listados não evidenciam crimes e pedindo uma investigação por abuso de autoridade.
O Estadão procurou os envolvidos, mas não obteve retorno até o momento.