Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche que se tornou réu por homicídio após um acidente fatal no mês passado, é alvo de um pedido de sua defesa para que seja encaminhado ao Centro de Progressão Penitenciária de Tremembé, também conhecido como o “presídio dos famosos”. Este local é famoso por abrigar presos envolvidos em casos que causaram grande comoção nacional, como Robinho, Alexandre Nardoni e Cristian Cravinhos.
Após a decretação de sua prisão na última sexta-feira (3), Fernando é considerado foragido da Justiça. A Polícia Civil realizou uma busca em seu apartamento no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, no sábado (4), mas não o localizou.
Segundo informações do R7, Jonas Marzagão, advogado de Sastre, em entrevista à RECORD, explicou que a ausência de seu cliente no 30º DP foi uma orientação da defesa. A principal preocupação é com a integridade física do empresário, dada a ampla repercussão do caso na mídia. Por isso, foi feito o pedido para que ele cumpra a pena em Tremembé.
Na próxima segunda-feira (6), a equipe de defesa de Fernando planeja enviar um despacho ao juiz para assegurar a segurança de seu cliente. O advogado João Victor Maciel afirmou que o empresário pretende se entregar amanhã, no início do dia.
Fernando Sastre de Andrade Filho está sendo acusado de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima devido ao acidente ocorrido em 31 de março, quando dirigia um Porsche na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Sastre havia consumido álcool em dois locais antes de dirigir e “decidiu assumir o risco” de um possível acidente, mesmo após sua namorada e um casal de amigos tentarem convencê-lo a não pegar o carro. A acusação afirma que o empresário estava dirigindo a 150 km/h na avenida.
O acidente resultou na morte de Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, um motorista de aplicativo que dirigia o Sandero atingido pelo Porsche de Sastre. Um amigo de Fernando, que estava no banco do passageiro, passou dez dias na UTI e perdeu um órgão, conforme indicado pela Promotoria.