Fernando Sastre de Andrade Filho, empresário de 24 anos, é agora um fugitivo da justiça. Ele estava ao volante do Porsche envolvido em um acidente fatal em São Paulo. A Polícia Civil, munida de um mandado de prisão, visitou sua residência na tarde de sábado (4), mas não o encontrou.
Segundo informações do UOL, a polícia foi até a casa do empresário na Vila Regente Feijó, zona leste, para executar a ordem judicial. A ausência de Fernando resultou em sua classificação como foragido. A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) de São Paulo informa que as diligências continuam para localizar e capturar Fernando.
O mandado de prisão foi expedido na tarde de sábado. O documento, obtido pelo UOL, instrui qualquer autoridade policial a prender e encarcerar Fernando em qualquer unidade prisional do estado.
Na noite de sexta-feira (3), a prisão preventiva foi decretada pelo desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal, que viu risco de repetição de comportamentos. A defesa de Fernando, que planeja recorrer, divulgou uma nota afirmando que as medidas anteriormente impostas, como suspensão da CNH e proibição de contato com testemunhas, eram suficientes e que a prisão preventiva é “desproporcional”.
Fernando é acusado de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. A promotora Monique Ratton, do Ministério Público de São Paulo, fez a denúncia. Ornaldo Viana, motorista de aplicativo de 54 anos, morreu após a colisão e Marcos Vinicius Rocha, 22, amigo do motorista do Porsche, ficou gravemente ferido.
A Justiça já havia negado três pedidos de prisão contra o empresário, mas o Ministério Público recorreu. Na decisão de sexta-feira (3), o desembargador citou testemunhos de que o motorista do Porsche estava embriagado e “não conseguia nem sequer ficar de pé”. A decisão também menciona que ele estava dirigindo a mais de 156 km/h no momento da colisão, em uma via onde a velocidade permitida é de 50 km/h. Além disso, Fernando tinha em seu histórico multas por excesso de velocidade e até um racha na avenida Paulista.
A mudança no depoimento de uma testemunha também pesou contra o empresário. Na denúncia, o Ministério Público relatou que o empresário pressionou a namorada a negar que ele estivesse embriagado ao dirigir o Porsche. No entanto, outras testemunhas apontaram que ele consumiu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir.