O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou convencer o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, a abrir o mercado para a compra da carne bovina brasileira. No entanto, a negociação, que está em andamento desde 2005, ainda não foi concluída.
Kishida encontrou-se com o presidente nesta sexta-feira (3) em Brasília. Durante o encontro bilateral, Lula pediu, de forma descontraída, ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) que levasse Kishida a uma churrascaria.
“Pelo amor de Deus, se estiverem em São Paulo, Alckmin, você vai estar lá. Você foi governador daquele estado, você é o ministro de Desenvolvimento, você é o vice-presidente. Por favor, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo. Para que, na semana seguinte, ele comece a importar nossa carne, para poder gerar mais desenvolvimento. A nossa carne é de qualidade e mais barata do que a que vocês compram.”, disse Lula.
O principal impasse para a abertura do mercado japonês à carne brasileira está na barreira sanitária imposta pelo Japão. Com o fim da vacinação contra a febre aftosa, anunciada pelo governo na última semana, a expectativa é pelo reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal de que o país está oficialmente livre do vírus.
Durante o encontro, Lula e Kishida assinaram 36 acordos, abrangendo áreas como agricultura sustentável, recuperação do solo, preservação ambiental, mudanças climáticas, segurança cibernética e comércio exterior. Essa foi a primeira visita do primeiro-ministro japonês ao Brasil em oito anos.
Após a reunião com Lula e um almoço no Palácio do Itamaraty, Kishida embarcou para o Paraguai e retornará ao Brasil no sábado (4) para cumprir uma série de compromissos em São Paulo
