Divulgação/Policia Civil
Um posto de combustíveis que se identificava de forma irregular como sendo da Petrobras foi fechado na região da Penha, zona leste de São Paulo, na noite da última segunda-feira (29/4). O incidente começou com o registro de um boletim de ocorrência, feito por volta das 11h30 do mesmo dia, por um representante da Vibra Energia S/A, empresa responsável pelos postos da marca oficial.
Segundo a denúncia, obtida pelo Metrópoles, o funcionário relatou que um posto de combustíveis estava utilizando indevidamente a bandeira BR, “levando o consumidor ao erro devido à credibilidade associada à marca”. Antes de chamar a polícia, o representante da Vibra verificou que o posto não possuía contrato com a bandeira BR, sendo registrado como “bandeira branca”, ou seja, sem qualquer associação a marcas conhecidas, de acordo com os registros da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os responsáveis pelo posto foram notificados para remover as identificações irregulares da BR, mas teriam ignorado os pedidos, levando os representantes da marca a solicitar apoio da Polícia Civil.
Após o registro do boletim de ocorrência, policiais do 10º DP (Penha de França) foram até o posto, localizado na Avenida Cangaíba, acompanhados por um advogado da empresa responsável pela bandeira BR. No local, além de confirmarem o uso irregular em bombas de combustível e na fachada, os policiais observaram quatro funcionários vestindo uniformes da Petrobras.
O gerente do posto foi chamado e, aparentando nervosismo, não conseguiu encontrar as chaves de uma sala, que só foi aberta com a ajuda de um chaveiro. No interior, foram encontradas cinco camisas, uma jaqueta e duas calças com o logotipo da BR, além de R$ 11.255.
A ANP foi notificada e enviou um representante ao Auto Posto Primeiro de Roma Ltda, que foi fechado. O gerente, que trabalha no local há cerca de dois meses, não soube explicar o uso da bandeira da Petrobras no posto. Segundo registros policiais, ele não foi responsabilizado pela irregularidade, que será atribuída aos proprietários do local, que não foram encontrados. O caso está sendo investigado como crime contra as relações de consumo, devido à “indução do consumidor ao erro”.