foto: Exercíto
Chuvas já deixaram ao menos 29 mortos no Estado; segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), o número ainda “deve aumentar”
Nesta quinta-feira (2 de maio de 2024), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou o reconhecimento do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. A medida foi formalizada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, e divulgada no Diário Oficial da União. O decreto de calamidade pública foi emitido na quarta-feira (1º de maio) pelo governo estadual do Rio Grande do Sul, em resposta aos “eventos climáticos de chuvas intensas” que assolaram o estado.
Anteriormente, os ministros-chefes da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, e da Casa Civil, Rui Costa, anunciaram a criação de uma sala de situação para monitorar as fortes chuvas. O ministro-chefe da Casa Civil enfatizou que a prioridade do governo é o resgate das pessoas, destacando que os esforços de reconstrução começarão apenas após a diminuição do volume de água.
As salas de situação, normalmente estabelecidas para lidar com emergências de saúde, como a varíola dos macacos e o sarampo, serão instaladas em caráter emergencial, com equipes ministeriais realizando reuniões diárias, inclusive nos fins de semana.
Durante a instauração da sala de situação, os ministros se reuniram no Palácio do Planalto, contando com a presença de autoridades como o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Aguiar Freire, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
As chuvas no Rio Grande do Sul já causaram pelo menos 29 mortes, de acordo com o governador Eduardo Leite (PSDB), que alertou que o número de vítimas pode aumentar, pois há regiões inacessíveis às equipes de resgate. Além disso, há 60 pessoas desaparecidas e 154 municípios gaúchos foram afetados pelas tempestades.
Eduardo Leite também mencionou que o vazamento da barragem 14 de julho não resultará em uma “enxurrada” nas cidades, mas alertou que a água subirá nas margens dos municípios próximos. Ele aconselhou a população a buscar locais mais elevados ao longo do rio e deixar suas casas caso estejam em áreas de risco de inundação.