O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB-SP), candidato a vice na chapa de Lula, prometeu a empresários a criação do Ministério da Indústria. Trata-se de uma “agenda de competitividade” que a campanha está criando.
Alckmin participou de um encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, em Goiânia (GO). O vice de Lula disse que o Brasil precisa de um processo de “reindustrialização”, com apoio do setor.
“Vamos ter uma recuperação na indústria porque na pandemia surgiu o princípio da precaução”, disse Alckmin, na quarta-feira 20. “Não podemos depender só da China para equipamentos hospitalares, da Índia para indústria farmacêutica ou dos fertilizantes de três empresas, uma delas na Rússia.”
O ex-governador também defendeu a rápida aprovação da reforma tributária. Citou as Propostas de Emenda à Constituição 110 e 45 como alternativas para o problema. Segundo Alckmin, a meta é simplificar os tributos cirando o Imposto sobre Bens e Serviços mantendo a carga atual.
“A preocupação com a reindustrialização é total”, disse Alckmin. “Houve um processo precoce de desindustrialização no país. Quando o país fica rico, pode ter outros lugares onde se paga menos para produzir. Mas não antes. A indústria é necessária para dar um salto na renda média.”
Sandro Mabel, presidente da federação, reforçou a necessidade de as lideranças empresariais apresentarem suas demandas a Alckmin. “Elaboramos um documento, elencamos prioridades do setor produtivo, com o único objetivo de trabalharmos juntos, setor público e privado, para alcançar um crescimento econômico, social e sustentável”, disse Mabel.
O documento entregue a Alckmin pede:
- Garantia ao direito à propriedade rural e urbana;
- Manutenção da Reforma Trabalhista;
- Adoção de uma política de reindustrialização do país;
- Fazer uma reforma tributária ampla, reconhecendo as diferenças regionais e mantendo os incentivos fiscais;
- Manter e criar políticas que fomentem o cooperativismo, manutenção do Código Florestal;
- Incentivar o uso de novas fontes de energia limpa e renovável;
- Incentivar o uso de políticas de competitividade para uso dos biocombustíveis e utilizar cada vez mais as estruturas do Sistema S para ensino e capacitação profissional.
Revista Oeste