O magnata Elon Musk aterrissou na China neste domingo, 28, marcando sua segunda visita em menos de um ano ao maior mercado global de carros elétricos. A viagem, a convite do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, ocorre em meio a uma acirrada guerra de preços no setor de veículos elétricos, coincidindo com o Salão do Automóvel de Pequim.
Musk, apesar de ser uma personalidade controversa, é altamente respeitado na China. Seus carros Tesla estão ganhando popularidade crescente entre a classe média chinesa. Na rede social X, antigo Twitter, Musk compartilhou uma foto com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, refletindo sobre sua relação desde os primeiros dias da Tesla em Xangai.
De acordo com informações da AFP e da revista Exame, Musk já teve diálogos com Ren Hongbin, diretor do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, além de outros líderes comerciais de destaque.
A recente visita a Pequim sinaliza uma mudança na postura de Musk em relação aos fabricantes de automóveis chineses. Após críticas iniciais, em 2024 ele admitiu que eles são “os mais competitivos do mundo”.
A empresa chinesa BYD ultrapassou a Tesla como a maior vendedora de carros elétricos do mundo no final de 2023, mas foi superada pela empresa americana no início de 2024. A BYD compete diretamente com a Tesla e a Jeep.
Enquanto isso, a Tesla relatou uma queda de 9% na receita do primeiro trimestre em comparação anualizada – US$ 21,3 bilhões -, abaixo das estimativas dos analistas, que previam cerca de US$ 22,3 bilhões.
No entanto, as ações subiram 13% durante as negociações de terça-feira após Elon Musk anunciar que a montadora poderia começar a produzir modelos elétricos mais acessíveis já em 2025, antes do esperado. Musk já havia descartado essa ideia anteriormente.
Com esta visita surpresa, Elon Musk não apenas fortalece os laços comerciais com a China, mas também se posiciona estrategicamente no centro das dinâmicas globais do mercado de veículos elétricos, em uma era marcada por intensa concorrência e inovação.
Em relação à BYD no Brasil, segundo o Wall Street Journal, a gigante chinesa está considerando expandir suas fábricas para o México, um movimento que pode aumentar os investimentos e a influência da China na América Latina. Ainda este ano, a primeira picape híbrida da BYD deve ser lançada no Brasil, projetada para competir com a Toyota Hilux em nível nacional.