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A Cubana de Aviación S.A., a empresa aérea estatal de Cuba, relatou que fornecedores de combustível na Argentina se recusaram a prestar serviços para seus voos autorizados no país, resultando no cancelamento de operações nos dias 23 e 24 de abril. Essa abrupta negativa das empresas fornecedoras de combustível de aviação na República Argentina foi invocada com base nas medidas de bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.
Em comunicado publicado pelo ministério cubano das Relações Exteriores, a empresa informou que a negativa também afetou outras companhias aéreas contratadas, que não puderam transportar os passageiros dos voos cancelados. O embargo dos Estados Unidos contra Cuba, em vigor desde a Revolução Cubana de 1959, impõe sanções a empresas que façam negócios com o governo cubano ou comprem produtos e serviços do país.
A Cubana de Aviación S.A. mantém uma rota semanal com a Argentina, país com o qual retomou as operações no ano passado após a interrupção causada pela pandemia da Covid-19. A situação aeronáutica na Argentina, segundo a secretaria de Transporte, está operando normalmente. No entanto, a compra e venda de combustíveis são consideradas uma questão empresarial. Uma reunião de trabalho com uma autoridade da estatal aérea cubana está agendada para sexta-feira (26) para esclarecer a situação. A CNN também entrou em contato com a chancelaria argentina e com a petrolífera argentina YPF, que tem composição acionária mista, mas até o momento, nem a pasta nem a empresa se posicionaram.
