O Ministério Público Federal decidiu arquivar um inquérito contra o vereador Carlos Bolsonaro por suposta ofensa ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, nas redes sociais. De acordo com os procuradores, a postagem feita pelo parlamentar não constitui difamação relacionada a funções públicas, nem contém acusações prejudiciais ou depreciativas.
Em seu depoimento prestado em janeiro, o filho do ex-presidente afirmou que havia feito uma publicação criticando o comando da Polícia Federal como uma “forma de indignação generalizada”. No entanto, ele negou ter direcionado os comentários a alguma autoridade específica ou ter a intenção de ofender a honra ou a dignidade de Rodrigues. Carlos Bolsonaro explicou que apenas expressou sua indignação em relação aos fatos compartilhados por outra pessoa.
A publicação em questão foi feita em 27 de agosto do ano passado na plataforma X (antigo Twitter) e fazia referência a uma imagem que aludia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como morto. O texto mencionava: “zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero”. Carlos acrescentou: “O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos”.
O depoimento de Carlos ocorreu no dia seguinte a uma operação realizada pela Polícia Federal, que investigava um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O objetivo da investigação era apurar se o vereador recebia informações sigilosas de adversários políticos do ex-presidente.