As forças de ocupação russas na Ucrânia têm intensificado os ataques e perseguições contra comunidades religiosas, especialmente os evangélicos, como parte de sua estratégia de guerra, conforme relatado pela revista Time.
De acordo com informações recentes, mais de 600 templos e centros de culto foram destruídos, e muitos clérigos foram sequestrados ou assassinados. A região de Zaporizhzhia se destaca como uma das mais afetadas, com 48% dos eventos de perseguição religiosa relatados.
Azat Azatyan, um cristão evangélico acusado de espião americano, foi brutalmente torturado por forças russas. A campanha de repressão inclui intimidação, expropriação de igrejas e conversões forçadas. O Pentecostalismo, que possui significativa presença no país, tem sido particularmente visado. Autoridades russas em Nova Kakhovka anunciaram que igrejas com conexões americanas ou ocidentais “não têm direito de existir”.
Esse contexto de perseguição não é isolado. Dentro da Rússia, práticas religiosas de grupos como Testemunhas de Jeová e missionários mórmons já foram banidas. A Comissão do Congresso dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional classifica a Rússia como um dos piores violadores da liberdade religiosa mundial, comparável a países como Irã e Paquistão.
O patriarca de Moscou, líder da Igreja Ortodoxa Russa e ex-agente da KGB, apoia abertamente a invasão, reforçando a ideia de que as ações russas na Ucrânia são também um ataque contra a influência americana.
A maioria dos ucranianos rejeita a filiação à Igreja Ortodoxa do patriarcado de Moscou, preferindo a Igreja Ortodoxa sob o patriarcado de Kiev. A situação na Ucrânia destaca-se como um exemplo claro de como a perseguição religiosa tem sido utilizada como ferramenta de guerra e repressão política.