Neste domingo, 21, uma manifestação em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorreu sem a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Apesar da expectativa de sua participação, confirmada pelos organizadores do evento, o governador paulista não compareceu e ainda não se pronunciou publicamente sobre sua ausência.
Logo após o término da manifestação, Tarcísio compartilhou um vídeo do evento em suas redes sociais, elogiando Bolsonaro e reafirmando seu apoio ao ex-presidente. Ele destacou que o “mar verde e amarelo” é um reconhecimento das mudanças ocorridas durante o mandato de Bolsonaro. No entanto, ele não mencionou sua ausência no post.
Segundo informações do Estadão, tentativas de contato com Tarcísio foram feitas, mas até o momento não houve resposta. A Secretaria de Comunicação do governo do Estado também foi contatada, mas não retornou. O espaço continua aberto para possíveis esclarecimentos.
O governador enfatizou que Bolsonaro é mais do que a maior liderança brasileira, é um movimento cada vez mais forte que continuará atraindo multidões. “Mais um grande dia!”, destacou.
A manifestação em defesa de Bolsonaro foi marcada por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de expressões de gratidão ao empresário Elon Musk, proprietário do X, da Tesla, da SpaceX e da rede de satélites Starlink.
Em seu discurso, Bolsonaro descreveu Musk como um “mito da liberdade”, elogiou Tarcísio e criticou o presidente Lula e sua administração. Bolsonaro, atualmente sob investigação por suposta tentativa de golpe de Estado, delegou a aliados os ataques ao ministro Alexandre de Moraes e sugeriu que a pressão que tem enfrentado é uma tentativa de “concluir o trabalho de Juiz de Fora”, referindo-se ao atentado que sofreu em 2022.
Bolsonaro minimizou novamente a minuta do golpe, um documento encontrado pela Polícia Federal. Segundo a investigação, Bolsonaro não só estava ciente, mas também editou o texto que poderia ser usado para justificar uma ruptura sem motivos legais. “É uma proposta que o presidente, dentro de suas atribuições constitucionais, pode submeter ao Congresso brasileiro. O presidente só baixa decreto depois que o Parlamento der o sinal verde”, afirmou.
No final dos discursos, Bolsonaro posou para fotos com os braços estendidos junto a aliados que estavam no palanque. Muitos deles concorrerão nas eleições de 2024. Na disputa pela prefeitura do Rio, o deputado Alexandre Ramagem deve ser o representante do bolsonarismo.