Confusão aconteceu na tarde deste domingo (18) em frente ao Masp, onde equipes de Mônica Seixas (PSOL) e de Guto Zacarias e Cristiano Beraldo, do MBL, faziam ato de campanha no mesmo horário.
A deputada estadual Monica Seixas (PSOL) prestou queixa na Polícia Civil neste domingo (18) contra dois líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), acusados de agressão e intimidação contra membros da campanha dela na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo.
Segundo o boletim de ocorrência, membros da equipe de Monica Seixas estavam fazendo campanha durante a tarde em frente ao Masp, quando foram abordados por integrantes do MBL com celulares em punho, liderados por Guto Zacarias e Cristiano Beraldo. Os dois são candidatos em 2022 pelo União Brasil em São Paulo.
A deputada afirmou que a equipe dela foi intimidada com gritos e xingamentos por cerca de 35 membros do MBL que também faziam um ato de campanha na Avenida Paulista.
No registro na Polícia, a advogada da deputada do PSOL, Renata Cezar, narrou que foi vítima de socos nas costas por membros da equipe de Guto Zacarias na confusão generalizada que se formou.
“O candidato a estadual do MBL foi novamente assediar mulheres que estavam com camisetas ‘voto em preto’, assim como Douglas Garcia fez com Vera Magalhães essa semana. Elas chamaram a minha advogada que estava dialogando com ele quando alguém deles desferiu dois socos nas costas dela. Eram vários homens contra as mulheres, em sua maioria pretas. Mais pessoas que passavam pela Paulista entraram para defendê-las”, disse Monica nas redes sociais.
Provocação gravada
Guto Zacarias postou nas redes sociais vídeos em que mostra a abordagem provocativa aos membros do PSOL, que por várias vezes diziam que não queriam ser gravados (veja vídeo acima). Momentos depois da abordagem, iniciou-se uma briga generalizada.
A ocorrência foi registrada no 27º DP, do Campo Belo, na Zona Sul. Monica Seixas também disse que tentou apartar a discussão entre os membros das campanhas adversárias e quase foi atingida por socos.
Por meio de nota, Guto Zacarias, do MBL, disse que a briga entre campanhas na Avenida Paulista foi “mais um exemplo de violência perpetrada por segmentos da esquerda brasileira e das acusações mentirosas com as quais eles tentam encobri-la”.
O candidato do MBL admite que foi questionar os membros da campanha do PSOL que vestiam camiseta que dizia “vote em preto” e perguntou se um “preto de direita” também estaria incluído no pedido estampado na camiseta.
“Esse simples questionamento foi o suficiente para tentarem me expulsar, à força, do ato deles; tentarem derrubar e quebrar o celular que estava usando para filmar; e tentarem me agredir”, declarou.
O candidato disse que também vai prestar queixa na polícia contra a equipe de Monica Seixas e processar a campanha da parlamentar.
“Tudo está provado por vídeos que sairão nas minhas redes, enquanto o lado de lá inventa as suas narrativas mentirosas alegando que eu teria agredido ‘mulheres’, um absurdo sem qualquer prova. Infelizmente, a deputada Monica Seixas e seus ‘companheiros’ não primam pela honestidade. Nesses casos, a única resposta cabível é judicial. Fica o aviso, portanto: processarei meus agressores e toda e qualquer pessoa que estiver difundindo mentiras a meu respeito”, declarou Guto.
“O MBL, organização do abusador do @arthurmoledoval, que eu cassei, foi constranger e agredir mulheres da minha campanha na rua. Essas mulheres tomaram dois socos nessa cena que ele não mostra. Não nos intimidam. Machistas vão cair um por um”, respondeu a deputada estadual do PSOL.