Nesta quarta-feira (17), a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou moção de repúdio ao filho mais novo do presidente Lula, Luís Cláudio, após ele ser acusado por uma ex-mulher de agressões de natureza física, verbal, psicológica e moral. O pedido de repúdio foi apresentado pelas deputadas federais Silvia Waiãpi (PL-AP) e Coronel Fernanda (PL-MT).
No documento, as parlamentares mencionam a repercussão do caso na imprensa e destacam que a vítima foi afastada do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões, além de ter sido hospitalizada com crises de ansiedade. Elas também ressaltam trechos das acusações em que o suspeito teria chamado a mulher de “doente mental”, “vagabunda” e “louca”.
As deputadas justificam que a moção de repúdio é o mínimo esperado de uma comissão tão importante e atuante quanto a de Defesa dos Direitos da Mulher, independentemente da religião, escolaridade, cor ou ideologia política da mulher. Além disso, apontam a gravidade da suposta “influência” utilizada pelo suspeito para se safar das acusações, conforme relatado pela vítima.
A defesa da mulher informa que a Justiça já determinou medidas protetivas, incluindo o afastamento de Luís Cláudio da casa onde moravam e a proibição de que ele se aproxime ou tenha contato com ela. Segundo o site UOL, Luís Cláudio teria dito à vítima que seu pai iria protegê-lo contra as acusações de violência. A defesa de Luís Cláudio, por sua vez, considera as declarações fantasiosas e afirma que as mentiras podem configurar crimes de calúnia, difamação e injúria, garantindo que tomarão as medidas legais pertinentes.