Nesta terça-feira (16), a polícia prendeu nove funcionários do Google nos escritórios da gigante de tecnologia em Nova York e Sunnyvale, Califórnia, depois que eles ocuparam o edifício em protesto contra o acordo bilionário da empresa com o governo de Israel. A principal exigência dos manifestantes era o cancelamento do contrato de US$ 1,2 bilhão da Google com Tel Aviv. O projeto Nimbus inclui serviços de armazenamento em nuvem e aprendizado de máquina.
Os detidos faziam parte do grupo chamado “No Tech for Apartheid”, que vem realizando protestos desde outubro, quando o conflito no Oriente Médio se intensificou após os ataques terroristas do Hamas. Em dezembro de 2023, membros desse grupo também fizeram um protesto deitados no chão do lado de fora de um prédio do Google em São Francisco, Califórnia.
Os manifestantes vestiam camisetas com a inscrição “Google contra o Genocídio” e fixaram um cartaz pedindo que o CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, abandonasse o Projeto Nimbus. A empresa solicitou que os manifestantes se retirassem voluntariamente, mas o pedido foi recusado, e as autoridades foram acionadas.
A porta-voz do Google, Bailey Tomson, afirmou que impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e o acesso às instalações é uma clara violação das políticas da empresa. Os funcionários envolvidos no protesto foram colocados em licença administrativa, e seu acesso aos sistemas da empresa foi cortado.