O cantor de pagode Vagner Borges Dias, conhecido artisticamente como Latrell Brito, é considerado o principal organizador de um esquema para fraudar licitações de contratos públicos em benefício do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação do Ministério Público, realizada hoje, resultou na prisão de 13 pessoas. Embora Dias tenha sido indiciado e um mandado de prisão tenha sido emitido pela Justiça, sua prisão ainda não foi confirmada.
Latrell Brito lançou seu primeiro álbum em 2020 nas plataformas de áudio. A investigação obtida pelo UOL revelou que o esquema envolvia a colaboração de um empresário, “laranjas” e servidores públicos. Após a operação do Ministério Público, o perfil de Dias foi removido do Instagram.
Imagens obtidas através de interceptações mostram Dias exibindo armas, munições e grandes quantias de dinheiro em espécie. O Ministério Público afirmou que o grupo também está envolvido em outros crimes, provavelmente em apoio aos interesses do PCC.
Um outro suspeito de envolvimento no esquema utilizava uma Mercedes-Benz com um compartimento oculto contendo 200 porções de cocaína. Devido a esse episódio, Márcio Zeca da Silva, que também recebeu um mandado de prisão pela Justiça na mesma ação do Ministério Público, foi condenado por tráfico de drogas. Sua prisão também ainda não foi confirmada.
De acordo com a investigação, Silva tinha um “cargo importante” no PCC e fazia parte de um núcleo da facção criminosa ativo na região do Alto Tietê. Ele é sócio da C.J.M. Comercial e Utilidades LTDA. ME, que o Ministério Público aponta como envolvida no esquema.
O UOL ainda não conseguiu contato com os representantes legais de Dias e Silva. Assim que houver alguma manifestação, ela será adicionada ao texto.