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Na segunda-feira (15), o real brasileiro apresentou uma queda de 1,26%, com o dólar sendo comercializado a R$ 5,1, ultrapassando o peso argentino em termos de desvalorização. Isso se deve ao fato de que, durante o mês, o real acumulou uma queda de 3,15%. Com isso, o real passa a ser a moeda com maior desvalorização no ranking, superando até mesmo o peso argentino (ARS). Em contrapartida, o peso argentino teve uma depreciação de somente 1,25% em relação ao dólar no mês de abril.
Adicionalmente, esses números indicam que o real teve uma desvalorização acumulada de 1,11% na semana e de 5,54% no ano. No mercado de câmbio, 1 ARS está valendo US$ 0,0012. Mesmo com a inflação elevada nos últimos anos, a moeda argentina demonstrou um desempenho mensal consideravelmente mais estável que o do real brasileiro.
No todo, as moedas ao redor do mundo encontram-se em um cenário de desvalorização frente ao conflito no Oriente Médio. Desse modo, após o Irã fazer o maior ataque aéreo contra Israel com drones, a incerteza derruba moedas consideradas fracas.
Por outra ótica, a economia dos Estados Unidos continua muito aquecida, com uma inflação que está cedendo. Contudo, ainda está cedendo em um ritmo mais lento do que o esperado.
Indicadores como os dados da inflação norte-americana apontam, que isso pode mexer com as decisões de juros no país. Assim, retardando um processo de queda que se esperava que fosse ter antes.
Além disso, há o risco Brasil batendo na porta. Ou seja, uma preocupação fiscal brasileira grande, após déficits fortes nesses primeiros meses do ano e do déficit forte que aconteceu em 2023. Esses dados levam economistas a ter uma perspectiva pessimista, de não cumprimento do déficit zero, a meta fiscal adotada para esse ano.