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Ronnie Lessa, ex-policial militar e suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, conseguiu reduzir sua pena em 200 dias através da leitura de livros.
Embora não tenha sido condenado, Lessa está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande desde 8 de dezembro de 2020. Ele participa do programa “Remição pela Leitura”, que oferece a possibilidade de diminuir a pena por meio da leitura e cursos profissionalizantes, caso venha a ser condenado pelo crime.
Conforme informações da CNN obtidas junto ao Sistema Penitenciário Federal, Lessa já se beneficiou da remição de pena, alternando entre a leitura e a participação em cursos na prisão de segurança máxima.
Os registros da penitenciária indicam que Lessa tem um comportamento exemplar, sem registros negativos. Ele é descrito como um preso que não causa problemas, colabora e segue as normas estabelecidas.
Além disso, Ronnie Lessa é relatado como:
- Pouco dependente de cuidados médicos;
- Em bom estado de saúde geral, sem comorbidades;
- Com saúde mental e física preservadas, segundo avaliações médicas;
- Recebendo atendimento regular da equipe multidisciplinar da penitenciária, incluindo médicos, psiquiatras, psicólogos, dentistas, enfermeiros e acesso a medicamentos conforme necessário.
Em relação à delação, o Supremo Tribunal Federal validou a delação premiada de Lessa no caso Marielle-Anderson três semanas atrás, seis anos após os assassinatos. O advogado Bruno Castro, que representava Lessa, abandonou o caso após a delação, pois não participou das negociações.
Pela primeira vez, Lessa confessou ter cometido os assassinatos e ter recebido pagamento pelo serviço, identificando também quem o contratou.
A CNN já havia informado em janeiro que duas pessoas foram mencionadas na delação de Lessa, incluindo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio. A reportagem também cobriu os depoimentos coletados fora do presídio federal.
Após a confirmação da delação, a Polícia Federal prendeu, no dia 24 de março, o deputado federal Chiquinho Brazão, Domingos Brazão do Tribunal de Contas da União do Rio e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia do Rio, acusados de serem os mandantes do crime, supostamente por uma disputa de terras na Zona Oeste do Rio. Todos negam qualquer envolvimento no caso.