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Na última quinta-feira, o dólar americano atingiu o pico de seis meses, sendo negociado a 5,09 reais. O fortalecimento da moeda veio após a divulgação de um aumento inesperado na inflação dos EUA. Essa alta nos preços levou os investidores a ajustarem suas previsões para o início da redução da taxa de juros dos EUA, de junho para setembro deste ano.
Com a perspectiva de taxas de juros elevadas por um período mais longo, o dólar se valorizou frente à maioria das grandes moedas. Dentre as economias emergentes, apenas a rúpia indiana se valorizou em relação ao dólar após a publicação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor). O real brasileiro, impactado por questões fiscais internas, teve o pior desempenho entre um grupo de 23 países nos últimos dois dias.
O pessimismo global também influenciou as expectativas para as taxas de juros no Brasil. O volume de vendas no varejo, que superou todas as previsões, também contribuiu para o aumento das expectativas de uma taxa Selic terminal de 10%, com a possibilidade de apenas mais dois cortes na taxa de juros básica este ano.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve um aumento de 1% no volume de vendas do varejo brasileiro em fevereiro, em comparação com o mês anterior, contrariando a expectativa de uma queda de 1,5%.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, não seguiu a tendência de alta de Wall Street e fechou em baixa pelo segundo dia seguido. O índice caiu 0,51% na sessão, terminando o dia com 127,3 mil pontos.
As principais influências negativas no índice foram Eletrobras (-4,62%), Petrobras (-0,73% PN; -0,90% ON) e Vivo (-3,89%). Por outro lado, a Vale (+0,42%) se destacou positivamente, acompanhando a recuperação dos preços do minério de ferro. As ações da Ambev (+0,83%) e Lojas Renner (+1,95%) também ajudaram a minimizar as perdas do Ibovespa.