O homem que foi filmado esmurrando e sufocando o enteado de 4 anos se manteve em silêncio desde que foi preso, na noite desta sexta-feira (16).
Victor Arthur Possobom se entregou a policiais militares da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e foi levado com um coronel da Polícia Militar (PM) e um advogado à 77ª DP (Icaraí) e, depois, foi encaminhado para a 76ª DP, no Centro de Niterói.
Segundo o delegado Mário Luiz da Silva, Victor Possobom ficou calado e na companhia do advogado Daniel Aguiar. Ele passou a noite na carceragem da distrital.
A previsão é que Possobom seja transferido ainda neste sábado (17) para o Presídio de Benfica, unidade de triagem do sistema penal fluminense.
A polícia tem pelo menos seis inquéritos contra o empresário, incluindo o de agressão contra o enteado. Além deste caso, Possobom também foi denunciado por agredir a própria mãe e namoradas.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) e decretou a prisão preventiva de Victor pelos crimes de agressão e tortura contra o menino de 4 anos.
Câmeras de segurança do condomínio onde a família morava, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, flagraram as agressões de Victor contra o menino na recepção e no elevador do prédio.
Na decisão, a magistrada comentou sobre o comportamento do menino antes de receber os ataques de Victor. Segundo Juliana Krykhtine, ele “demonstrava um comportamento tranquilo, passivo e, aparentemente, nada fez para provocar uma reação tão desmensurada por parte do réu”.
“Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de indefeso da mesma, que conta com menos de 5 anos de idade”, escreveu a juíza em sua decisão.
A defesa de Victor alega que o empresário sofre de transtornos psiquiátricos.
Créditos: G1.