O dólar está em alta, subindo mais de 1%, enquanto o Ibovespa registra uma queda significativa nesta quarta-feira (10). A reação negativa dos investidores ocorre após dados de inflação nos Estados Unidos superarem as expectativas, aumentando o pessimismo em relação à margem que o Federal Reserve (Fed) terá para cortar as taxas de juros ainda este ano.
Por volta das 14h40, o principal índice do mercado doméstico estava cerca de 1,4% abaixo, situando-se em torno dos 128 mil pontos. Nas bolsas de Wall Street, o cenário é misto.
Apesar desse clima negativo, as ações da Petrobras estão em destaque, com repercussão positiva entre os investidores após a estatal anunciar sua segunda descoberta de petróleo na Margem Equatorial neste ano.
A aversão ao risco está fortalecendo o dólar, que, no mesmo momento, registra um avanço de 1,3%, sendo negociado a R$ 5,078 na venda. Essa valorização está alinhada com o fortalecimento da moeda norte-americana em relação a outras moedas fortes.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em março, conforme dados divulgados hoje. Esse aumento está relacionado aos custos mais elevados de gasolina e moradia, o que gera incertezas sobre a possibilidade de o Federal Reserve iniciar cortes nas taxas de juros em junho.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, seguindo a mesma margem de crescimento observada em fevereiro. No período de 12 meses até março, o índice apresentou um aumento de 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no mês e 3,4% na base anual.
Quanto menos o Federal Reserve reduzir as taxas de juros este ano, mais atrativo o dólar se torna para investidores estrangeiros. Isso ocorre quando os rendimentos oferecidos pelo mercado norte-americano, já considerado extremamente seguro, ficam mais altos.