imagem : Agência Brasil
O relatório final do Conselho Nacional de Justiça, relacionado à ADPF nº 635, também conhecida como “ADPF das Favelas”, indicou que a facção Comando Vermelho ampliou sua influência territorial no Rio de Janeiro após a decisão do Supremo Tribunal Federal de restringir operações policiais em favelas em 2020. O documento, entregue ao STF, destaca que a ADPF nº 635 limitou as operações policiais nas favelas durante a pandemia, entre 2021 e 2022, exigindo comunicação prévia ao Ministério Público do Rio de Janeiro para qualquer ação subsequente.
O relatório, produzido por um grupo de trabalho do CNJ que monitorou a segurança pública no estado, observou um aumento nos conflitos territoriais após a implementação da ADPF 635. O documento ressalta que o Comando Vermelho, reconhecido como a principal organização criminosa da região, intensificou suas atividades e buscou expandir seu controle territorial.
Desde 2021, o Comando Vermelho começou a disputar áreas, principalmente na zona oeste do Rio, uma região tradicionalmente dominada por milícias. O relatório também menciona tentativas da facção de recuperar antigos territórios controlados pelo Terceiro Comando Puro (TCP), incluindo favelas no centro da cidade, como o Complexo de São Carlos e o Complexo do Fallet-Fogueteiro-Turano.