O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ampliou ligeiramente sua vantagem sobre Donald Trump nas pesquisas para a eleição presidencial de novembro. Isso ocorre enquanto o candidato republicano se prepara para enfrentar o primeiro de seus quatro julgamentos criminais.
De acordo com uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos, cerca de 41% dos eleitores registrados afirmaram que votariam no democrata Biden se a eleição fosse realizada agora, enquanto 37% escolheram o ex-presidente Trump. Essa vantagem de 4 pontos percentuais representa um crescimento em relação à pesquisa anterior de março, na qual Biden tinha apenas 1 ponto de vantagem.
A pesquisa tem uma margem de erro de 4 pontos percentuais para eleitores registrados, e muitos permanecem indecisos a sete meses das eleições, que ocorrerão em 5 de novembro. A sondagem também revelou que 22% dos eleitores registrados ainda não escolheram um candidato, estão considerando opções de outros partidos ou talvez nem votem.
Embora as pesquisas nacionais forneçam sinais importantes sobre o apoio dos norte-americanos aos candidatos políticos, é importante lembrar que apenas alguns Estados decisivos costumam desequilibrar a balança no Colégio Eleitoral dos EUA, que, em última instância, decide o vencedor da eleição presidencial. Ambos os candidatos enfrentam vulnerabilidades significativas nesta eleição acirrada, que marca a primeira revanche em uma eleição presidencial dos EUA em quase 70 anos.
Trump está programado para comparecer a um tribunal em Manhattan em 15 de abril, marcando o início do primeiro de seus quatro julgamentos criminais pendentes. O julgamento em Manhattan envolve acusações de que Trump encobriu um pagamento a uma atriz de filmes adultos antes da eleição de 2016, em troca do silêncio dela sobre um suposto encontro sexual com o ex-presidente.
Trump se declarou inocente dessas acusações e nega ter tido tal encontro. Os outros julgamentos incluem acusações de que ele tentou reverter sua derrota eleitoral em 2020 ou que manteve documentos sensíveis de forma irregular após deixar a Presidência em 2021. Em contrapartida, as vulnerabilidades de Biden incluem preocupações com sua idade — ele tem 81 anos — e críticas de uma parcela do Partido Democrata devido ao seu apoio à guerra de Israel contra militantes do Hamas. A pesquisa, que consultou adultos em todo o país, ofereceu várias maneiras de medir o apoio a Biden e Trump, ambos com 77 anos.
A maioria dos resultados apontou para uma eleição acirrada. Embora Biden tenha uma vantagem menor — apenas 1 ponto percentual — entre todas as pessoas entrevistadas, sua vantagem entre os eleitores registrados é significativa, pois é mais provável que aqueles já registrados para votar o façam em novembro. Vale ressaltar que apenas dois terços dos eleitores elegíveis participaram da eleição presidencial de 2020, na qual Biden saiu vitorioso contra Trump.
O ex-presidente liderou entre os entrevistados sem diploma universitário, enquanto Biden teve melhor desempenho entre aqueles com diploma. A pesquisa Reuters/Ipsos coletou respostas de 833 eleitores registrados, entrevistados pela internet em todo o país, e possui uma margem de erro de cerca de 4% para eleitores registrados.
