Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A situação atual da Petrobras reflete uma complexa interação entre política interna, economia global e estratégias de preços. Aqui está uma versão reescrita do seu texto:
Atualmente, a Petrobras enfrenta uma crise interna devido ao confronto entre o presidente da companhia, Jean Paul Prates, e o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Como resultado, o preço da gasolina vendida pela empresa está quase 20% abaixo do valor de mercado internacional.
Esse descompasso é atribuído ao aumento de aproximadamente 7% no preço do barril de petróleo no último mês e à valorização de 1,95% do dólar frente ao real no mesmo intervalo.
Contudo, devido ao clima político desfavorável, a probabilidade de um ajuste de preços em breve é considerada nula, conforme relatado por um executivo sênior da Petrobras ao jornal “O Globo”.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indica que, nesta terça-feira (9), a defasagem média no preço da gasolina no Brasil é de 16%, podendo atingir 20% no terminal de Araucária, no Paraná.
A Warren Investimentos estima que o preço do combustível da Petrobras está 19% desalinhado em relação ao mercado externo, com uma média de defasagem de 16% ao longo de 30 dias.
De acordo com Andréa Angelo, estrategista de inflação da corretora, um acréscimo de 10% no preço da gasolina nas refinarias teria um impacto de 0,18 pontos percentuais na projeção do IPCA de abril, que atualmente é de 0,36%. Angelo observa que a desvalorização do Real, além da alta no preço do petróleo, contribuiu para a defasagem no preço da gasolina.
Em maio do ano anterior, sob a gestão de Prates, a Petrobras anunciou o término da política de preço de paridade de importação (PPI), que ajustava os preços dos combustíveis nas refinarias aos valores praticados pelos importadores de derivados de petróleo no país.
O mais recente aumento no preço da gasolina pela Petrobras aconteceu em 21 de outubro do ano passado, quando o preço por litro caiu de R$ 2,93 para R$ 2,81.