Elon Musk, proprietário da rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), divulgou uma mensagem aconselhando os usuários brasileiros a utilizarem uma VPN (Virtual Private Network) para acessar a plataforma. A postagem foi feita na noite de domingo (7/4), em resposta à possibilidade de a rede social ser suspensa por ordem judicial.
“Para garantir que você ainda possa acessar a plataforma 𝕏, baixe um aplicativo de rede privada virtual (VPN)”, escreveu Musk, ao republicar uma mensagem de outro usuário do X que dizia “Amigos no Brasil, obtenham uma VPN”.
Uma VPN permite o acesso à internet sem revelar o endereço IP (protocolo de internet) do computador ou celular. Portanto, na eventualidade de uma decisão de suspensão da plataforma X, os brasileiros poderiam “alterar” a localização do seu IP e manter o acesso à rede social.
Este recurso é frequentemente utilizado por ativistas de diversas causas para garantir sua segurança, mas também é comumente usado por criminosos que desejam eliminar seus rastros e ocultar suas identidades.
Conforme relatado pelo site Metrópoles, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou às operadoras de telecomunicações sobre a possibilidade de suspensão total do X no Brasil.
Esta é mais uma menção de Musk ao Brasil desde que o bilionário começou a contestar as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender contas de redes sociais de indivíduos investigados por disseminar mensagens que incitam ódio, violência e defendem um golpe de estado.
No sábado (6/4), Musk declarou que não acataria as decisões do Supremo Tribunal brasileiro. No domingo, o proprietário do X foi além e criticou diretamente o ministro do STF. Ele alegou que Moraes “traiu descarada e repetidamente a Constituição e a população do Brasil”.
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, reagiu às afirmações de Elon Musk contra o Judiciário brasileiro, declarando que “a soberania brasileira não será tutelada pelas plataformas de internet e big techs”.