Foto: Reprodução.
Elon Musk, proprietário do X (anteriormente Twitter), declarou que as receitas da plataforma no Brasil podem ser comprometidas devido às sanções de Alexandre de Moraes.
Em uma postagem recente nas redes sociais, Musk desafiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O empresário afirmou que a plataforma está “revertendo todas as restrições” impostas, mesmo que isso possa comprometer a operação do X no país.
Musk mencionou a possibilidade de encerrar as operações do escritório da plataforma no Brasil.
“Estamos revertendo todas as restrições. Este juiz impôs multas severas, ameaçou prender nossos funcionários e bloqueou o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que encerrar nosso escritório lá. No entanto, os princípios são mais importantes do que o lucro”, afirmou ele na postagem.
We are lifting all restrictions. This judge has applied massive fines, threatened to arrest our employees and cut off access to 𝕏 in Brazil.
— Elon Musk (@elonmusk) April 6, 2024
As a result, we will probably lose all revenue in Brazil and have to shut down our office there.
But principles matter more than…
This aggressive censorship appears to violate the law & will of the people of Brazil https://t.co/Vuxerg2L9w
— Elon Musk (@elonmusk) April 6, 2024
Segundo o empresário, o Brasil está vivendo uma “censura agressiva que aparentemente viola a lei e vontade do povo brasileiro”. Na postagem, ele compartilhou informações divulgadas pelo jornalista Michael Shellenberger.
Críticas Neste sábado (6/4), Elon Musk respondeu a uma publicação feita pelo ministro Alexandre de Moraes. Em tom de crítica, o bilionário americano questionou o porquê de “tanta censura no Brasil”.
O post feito pelo ministro foi publicado no dia 11 de janeiro e parabenizava o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
“Parabéns ao ministro Ricardo Lewandowski pelo novo e honroso cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável e preparada para esse novo desafio. Desejo muito sucesso”, escreveu Moraes na ocasião.
Nos últimos anos, Moraes tomou várias medidas frente a perfis de redes sociais, tanto no STF quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corte que presidiu no ano eleitoral. Em 2022, o ministro chegou a determinar a suspensão de uma série de contas de alvos de investigações, inclusive de parlamentares que questionavam o resultado das eleições.
À época, Musk foi marcado na rede social por brasileiros que acusaram a empresa de promover “censura ideológica draconiana” e restrição à liberdade de expressão dos brasileiros. “Estamos em um momento crítico da nossa história! O que está acontecendo? Achamos que você comprou o Twitter exatamente por esse motivo!”, cobrou um homem, identificado como Josiano Padovani.
Disseminação de fake news
Musk adquiriu o X em 2022 e, desde então, tem enfrentado polêmicas. Ele se descreve como um “absolutista da liberdade de expressão”. A plataforma reduziu as equipes de moderação de conteúdo, e usuários e especialistas apontam o crescimento do discurso de ódio e da desinformação.
No ano passado, o bilionário se pronunciou sobre o PL das Fake News. Na ocasião, a Câmara dos Deputados ignorou a pressão das big techs e aprovou a urgência do projeto de lei que regulamenta as redes sociais e impõe sanções a plataformas que não retirarem do ar, até 24 horas após decisão judicial, conteúdos ilícitos.